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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Chegou a hora


Ontem vi o jogo entre Brasil e Bósnia e foi horrível. Entre as inúmeras contestações da partida David Luiz "levantou minha orelha". 

O zagueiro do Chelsea jogou mal. Saiu errado no lance do gol e não fez a cobertura correta. É um zagueiro tecnicamente ótimo! Rápido, bom passe (apesar do erro), finaliza bem, etc., mas na defesa tem deixado a desejar. Me animei muito com ele, mas tem me decepcionado. Nem sei se seu futebol é que não é tudo isso ou a fase que é ruim! 

Mas tem um cara que há um tempo vem jogando bola pra isso e, na minha opinião, é chegado o seu momento: Dedé, do Vasco. O Mito cruzmaltino é um zagueiro incrível! Completíssimo: rápido, alto, ótimo no jogo aéreo, disciplinado e com um desarme invejável! Além de tudo isso tem um "faro de gol".

Pode parecer exagero de minha parte, mas as expectativas que tenho nele são maiores que as que tive em Thiago Silva anos atrás. O zagueiro do Milan, hoje, é o melhor do mundo (na minha opinião) e MUITO superior ao Dedé, mas esse último tem feito no Brasil bem mais que o Thiago Silva já tinha feito. Se continuar assim, no futuro pode ultrapassar o TS33!

Além de ser um ótimo jogador sua fase é brilhante! Chegou no Vasco em 2009 e foi muitíssimo criticado pela torcida. Chegou a ser última opção da zaga do Vasco e quando estava próximo a ser dispensado recebeu uma chance como titular. Mostrou talento e ganhou a vaga. A partir daí cresceu! Fez um ótimo Brasileirão em 2010 e, principalmente, em 2011 (quando chegou ao auge e à Seleção)! Em 2012 vem fazendo grandes partidas!

Com Thiago Silva incontestável e Dedé "voando", David Luiz perde espaço.Não deve ser titular. Sei que você vai dizer que os adversários do David na Europa são muito superiores aos que o Dedé tem enfrentado em território nacional, mas a diferença no momento dos dois é absurdo! 

Se você falar de tática também não tem problemas! Thiago Silva joga muito mais pela esquerda que pela direita no Milan por que na Seleção seria diferente? A zaga Dedé e Thiago Silva tem que ser testada!

É Dedé... chegou sua hora!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

"Olhar tático: Futebol brasileiro: professor ou aluno?" - Coluna do FC Gols


Hoje a Seleção Brasileira terá seu primeiro desafio em 2012 contra a Bósnia. O adversário, sinceramente, não é de fazer medo, mas o futebol da Seleção é. Apesar, de Mano Menezes dizer que o balanço de 2011 foi positivo eu não me contento com isso.

Quando Dunga era o técnico, a Seleção não mostrou um grande futebol, mas teve um rendimento bem melhor que Mano Menezes tem tido. O time de Dunga jogava num 4-3-1-2/4-3-2-1/4-2-3-1 (essa dinâmica ocorria com o avanço de Elano e recuo de Robinho pela direita e esquerda, respectivamente). Mas aquele time era pouquíssimo inovador e não tinha a força para dar aula de futebol. A escola brasileira vinha em decadência desde 2006 (ou 2002), mas a partir de 2010 foi que a trágica situação se expôs.

A chega de Mano Menezes deixou à tona a proposta de futebol bonito! Recuperar a mágica que, outrora, o Brasil tivera. Não foi o que eu vi. O Brasil não é uma escola de futebol. Não é mais o professor que ditava o futebol pelo mundo. É decadência! Olhando taticamente encontramos falhas que fazem parte dessa decadência. 

Melhor atuação do Brasil em 2011: Argentina e México sofreram com essa tática. Algumas mudanças  na escalação mas a tática é próxima a essa (contra a Argentina o setor defensivo só tinha jogadores que atuavam no Brasil). Um Brasil de laterais ofensivos, volantes marcadores e quatro atacantes na frente (Ronaldinho mais atrás na armação).

Bom time, mas não suficiente. Amanhã Hernanes deve assumir a vaga de Ronaldinho que abre na esquerda enquanto Neymar fica pela direita. O resto será igual. Sabemos que com o Hernanes no meio teremos um quarteto, mas não de quatro atacantes necessariamente já que o ex-São Paulo é um armador propriamente dito. Mas quais sãos os erros?  

Fernandinho não me convence, Daniel Alves já não é tão lateral e a saída de bola não é a mesma coisa. Falta Brasil nisso aí! Qual é a escola do futebol mundial no momento? Espanha recheada de Barcelona! O clube, por sinal, já é maior referência que a seleção (porque é superior)! Por que o Brasil não aceita isso e se torna um bom aluno? Está na hora de aprender com quem ensina!

Como o Barça joga? No momento, em um 3-4-3 em que Messi se põe como um 'falso-nove' e tem total liberdade para armar, atacar e brilhar! Busquets e os zagueiros começam a saída de bola que chega em Xavi e Iniesta para fazerem a bola circular (especialmente o camisa 6). A partir daí as opções são inúmeras por causa da intensa movimentação.

O padrão tático do Barcelona atualmente, considerando Fàbregas e Villa como titulares.

É possível o Brasil aprender com o Barcelona? Taticamente falando é possível. Se considerarmos um 4-3-3 (o Barcelona usa um 3-4-3 porque Daniel é um ala/meia/atacante e Abidal um terceiro zagueiro, mas como o Brasil não possui um lateral de tal característica um 4-3-3 seria mais viável) com um atacante tendo liberdade para se movimentar teríamos algo próximo ao time azul-grená.

Um 4-3-3 próximo ao do Barcelona, mas com laterais equilibrando ataque e defesa e não se firmando em apenas uma das funções. No meio de campo Sandro/Rômulo ficaria atrás, Hernanes e Ramires/Anderson seriam as opções para as vagas de volantes/meias. O time teria saída de bola e um esquema ofensivo potente, mas estaria pondo em prática a escola Catalã?

Esse questionamento é que o Brasil. Eu até imagino que se o Ronaldinho se prepara mais em finalização (especialmente de cabeça) e usa seu passe privilegiado, o Brasil funciona. Daniel Alves poderia fazer melhor que Lucas na direita, também. O que quero dizer é que taticamente o aprendizado dessa forma é ótimo! Mas será que o Barcelona só ensina o Brasil a jogar com volantes/meias e um 'falso-nove'?

Não! O Barcelona tem como prioridade no seu estilo de jogo três pontos: 1) Movimentação; 2) Posse e toque de bola; 3) Marcação por pressão. Esses três pontos fazem do Barcelona um time ofensivo. Ninguém tem posição fixa, a bola está sempre no pé trabalhando o jogo pacientemente e a marcação não dá espaço ao adversário! A formação que eu pus acima é boa, mas precisa desses pontos. Vamos aprender Brasil!

Existem outras formações que trabalhariam bem esse lado. Um 3-5-2/3-4-1-2 poderia dar certo. Um "4-4-2 inglês" também. Mas tudo dependerá da proposta. Por exemplo. Um esquema de três volantes dará certo se a proposta for ofensiva. Hernanes seria fundamental nisso. Hoje em dia é muito mais um meia que um volante, mas pode recuar um pouco e fazer as duas funções. Tudo isso são exemplos. Deixem-me mostrar alguns:

Brasil posicionado taticamente em um 4-4-2: linha de quatro com laterais que equilibram a marcação com a ofensividade; um volante de marcação (Rômulo/Sandro/Lucas Leiva) e um "box-to-box" (termo britânico que caracteriza um meia central que ajuda na marcação, mas joga pra frente) que seria a chave para a saída de bola; dois meias  abertos (Daniel e Lucas brigariam pela direita enquanto Oscar ficaria na esquerda entrando no meio para armar) e dois atacantes (Neymar com total liberdade desequilibrando e Damião como referência)!

Apesar de muitos não verem isso o 4-4-2 ainda é uma formação válida. Isso é provado pelos times de Manchester que usaram 2011 para brilhar com esse esquema tático. O Brasil pode se espelhar com a formação acima. O time teria marcação, ofensividade e (com a filosofia implantada) toque de bola. 

Quando eu falei sobre implantar a filosofia de "dono da bola" temos que rever algumas coisas. A Espanha tem tal força porque essa filosofia se arraigou no Barcelona e, consequentemente, deu força ao futebol espanhol. Tal filosofia não surgirá em dois anos e meio para o Brasil recuperar o trono em 2014, mas pode ser trabalhar por Mano Menezes na seleção desde já.

Inovação futebolística tem total relação com categorias de base. O Barcelona também ensina isso. A inovação começa quando a filosofia é ensinada desde as categorias de base, dez anos antes de chegar ao time principal. Isso não será possível em dois anos. Essa mistura entre categorias de base e inovação filosófica não vai acontecer! Deve sim, ser implantada aos poucos nas categorias de base dos clubes, mas isso não tem acontecido. Também não quer dizer que o Brasil não revele mais. Neymar, pilar da seleção, é um jovem ainda que há pouquíssimo tempo era uma revelação, por exemplo. 

A prova disso foi na Copa do Mundo Sub-20 do ano passado quando o Brasil foi campeão com um grupo, na minha opinião, fraco, mas mesmo assim era dinâmico e objetivo. 

Contra a Espanha, Ney Franco deu um "nó tático" e armou o time em um 3-4-3/3-4-2-1 que travou a forte Espanha.

Qual lição tiramos daí? Primeiro, eu notei que a zaga ficou firme. O outro ponto foi que os volantes/meias ficaram livres para sair (Danilo especialmente). Imagino que isso possa ser usado na Seleção com algumas adaptações. 

O time ficaria entre 3-5-2 e um 3/4-1-2. Tudo isso por causa de Oscar (grande nome do Brasil no mundial, mas que não havia sido utilizado nesse mesmo esquema), aperfeiçoando assim aquele time. O sistema defensivo seria forte: linha de três zagueiros e volante de contenção para proteger. Assim o Hernanes fica mais livre para ajudar na saída de bola e os alas jogam abertos com poucas ações defensivas e Oscar (ou Ganso se voltar a jogar) fica na armação chegando como um terceiro atacante.

Se vocês perceberam, continuo priorizando o Hernanes na saída de bola. Tudo isso vem da escola Catalã. Xavi trabalha como um volante/meia que é útil na saída de bola e no início da criação. Também ponho laterais com melhor poder de marcação para pressionar a saída de bola adversária. Todas essas coisas fazem parte do futebol, outrora, brasileiro que hoje a Espanha tomou posse.

Como assim "tomou posse"? Simples. A Espanha, como Guardiola muito bem colocou após a arrasadora vitória do Barcelona sobre o Santos no Mundial de Clubes, aprendeu. Não tinha essa força e aprendeu como o fazer. O Brasil que já havia dado algumas aulas à Espanha deve começar a aprender.

A proposta de Mano é boa, mas ainda não tem sido suficiente. O Brasil já não ensina mais e pra restabelecer essa licenciatura precisa se graduar novamente e isso só prestando atenção às lições dos professores.

Novidade!

E aí pessoal!

Fui convidado pelo parceiro (também blogueiro) Patryck Leal para integrar a equipe do FC Gols (parceiro do Toque de Bola) e aceitei. Lá assumirei uma coluna sobre sistemas táticos chamada "Olhar tático".

Todas as postagens que eu fizer lá anexarei aqui no Toque de Bola, que é o meu blog pessoal de origem!

Bom dia a todos!

Luiz Ferreira

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Que gigante? Que despertar?


De acordo com minha última postagem o Vasco havia, finalmente, despertado contra o maior rival, Flamengo. Ontem vimos a final da Taça Guanabara (primeiro turno do Campeonato Carioca) em que o Fluminense arrasou o Vasco! Esse é o Gigante? Despertou mesmo?

Utilizei o termo "Gigante" porque é como o Vasco é conhecido. Então, o Gigante  despertou na quarta-feira, mas um outro gigante acordou ontem. O Fluminense. Quem assistiu o Brasileirão 2011 viu que os times do segundo turno foram Fluminense, Vasco e Corinthians. Tive esperanças que essas três equipes começariam 2012 voando! Mas apenas Vasco e Corinthians vinham bem. O Flu não havia encaixado seu futebol ainda.

Isso até ontem. A primeira partida que eu vi o time do fim de 2011 entrar em campo! Até aqui o Tricolor só vinha jogando bem contra times pequenos ou mandando mal quando enfrentavam um grande. Curiosamente, o único time grande que o Fluminense tinha jogado bem havia sido o Vasco, mas mesmo tinha perdido. Ontem o quarteto funcionou, a marcação encaixou e o Fluminense ganhou!

E o Vasco? Não tinha despertado? Pra mim, o despertar do Vascão foi em 2011 ao ganhar a Copa do Brasil. Aquele título mostrou que tinha uma mudança na atitude do time que há anos não ganhava nada! O time seguiu fazendo um Brasileirão incrível e começou 2012 voando! Estava 100% no Cariocão até enfrentar o Fluminense na final da Taça Guanabara. 

O que houve ontem? O Gigante do futebol brasileiro que havia despertado para o futebol em 2011 e que derrubou o maior rival no dia 22 de fevereiro, foi derrubado sem reações pelo Fluminense. Sim, foi um show  de tática e futebol, mas faltou Vasco. O Fluminense voltar ao seu melhor futebol contra o Vasco em clara ascensão seria o melhor jogo de 2012 em território nacional, mas esse Vasco não entrou em campo.

O jogo não foi ruim. Sabe porque não? Porque o Fluminense voltou! Mostrou sua força em 2012 e tem tudo para ir longe! Se o Vasco vai ou não, é outra história... Mas o Fluzão está com força total!

Esse foi o padrão tático da partida no momento de domínio total do Fluminense: a muita movimentação e marcação cerrada do Flu anularam o 4-3-3 sem distribuição do Vasco; no ataque o quarteto formado por Deco (melhor jogador da partida que voltava pra ajudar na saída de bola e dava o último passe), Thiago Neves (aberto na direita recuando um pouco na marcação e chegando a frente), Nem (aberto na esquerda para dar velocidade no ataque e acompanhar o Fagner na marcação) e Fred (como referência). Um show! 

No fim do jogo o Fluminense se prendeu atrás, enquanto o Vasco partiu para um 3-3-4 que não chegou a ser desorganizado apenas um pouco desesperado, mas mesmo assim botou sufoco no Flu!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Será que foi uma boa?


Na janela de transferências do meio do ano passado Ibson era contratado pelo Santos. Naquele momento, O Santos tinha acabado de ganhar a Libertadores e tinha um elenco promissor. Ibson (junto com Borges e Alan Kardec) parecia chegar para fechar um ótimo grupo.

Por que eu imaginei isso? Campeonato Brasileiro de 2007 é a razão disso. Naquele ano, o Flamengo fez uma arrancada histórica que culminou num 3º lugar e vaga na Libertadores de 2008. Um dos principais (senão o principal) jogadores do time foi Ibson que conquistou o prêmio "Craque do Brasileirão" como melhor meia pela direita. Jogava como o armador daquele time (que era armado numa espécie 3-5-2/3-6-1) e mandou muito bem.

Além de ser um bom jogador, ele chamou minha atenção por sua polivalência. Costuma jogar como 3º homem no meio-campo, armando o jogo vindo de trás, mas pode jogar mais à frente (como jogou no Flamengo).

Mas não foi esse jogador que eu vi no Santos ano passado. Ibson veio para brigar com Elano, que era (até então) titular absoluto daquele time. Mas nenhum dos dois jogaram o futebol que possuem, no Brasileirão passado. Pareciam cansados. Mesmo assim, eu tinha esperanças que aquilo fosse apenas por causa de uma adaptação demorada no time (no caso do Ibson).

Só que há pouco tempo quase deixou o clube. Não vinha mostrando ainda todo o seu futebol e já que Alex Silva estava de saída do Flamengo e a zaga é uma posição carente no Santos, uma troca não parecia má ideia. Imaginei que seria uma ótima chance para Ibson voltar ao seu bom futebol, mas a ideia não foi adiante.

Logo depois, Ibson ganhou mais oportunidades como titular no Santos (devido à um problema entre Elano e Muricy e à queda no futebol do camisa 8) e tem feitos partidas relativamente boas. Será que sua permanência no Santos foi uma boa para ele e para o time? Acredito que sim.

Nas últimas partidas, além de ter jogado bem, Ibson tem travado uma briga com Elano pela titularidade e isso pode ser benéfico para ambos e para o Santos. O que quero dizer é que Ibson, como o bom jogador que é, pode ajudar muito o Santos e não acho que o investimento tenha sido inútil e/ou desnecessário levando em conta que ele, ainda, tem 28 anos.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O despertar do Gigante


Ontem houve a primeira semi-final da Taça Guanabara, entre Vasco e Flamengo. Ao contrário de muitos, eu apostei em um bom jogo e não me decepcionei. As duas equipes entraram com vontade de vencer e o jogo foi bem movimentado. No fim, o Vasco bateu o maior rival de virada, em noite de Juninho como maestro, Dedé como Xerife e Diego Souza como herói.

1º Tempo

Formação inicial do Clássico dos Milhões de ontem à noite

Os times entraram em campo ligados. A vontade de ganhar estava clara e o Flamengo foi quem saiu na frente. Com 2 minutos de jogo, no primeiro lance, Nilton erra o passe, Deivid recupera a bola e passa para o Vagner Love que arranca pelo meio dá um belo traço no Fagner e manda um bomba de perna esquerda: golaço! 

Depois do gol, o Vasco se desestabilizou e ficou levemente perdido dentro de campo. Mas aí quem aparece? O Reizinho levanta o cetro, manda uma bomba de fora da área, Felipe espalma e Alecsandro, bem posicionado, manda pra dentro de perna esquerda aos 14 minutos do primeiro tempo. A partir daí o jogo pegou fogo. O Vasco cresceu no jogo e Juninho comandava o time. Mais que um maestro, o capitão deu medo no Felipe em dois lances: um chute de fora da área que desviou no Gustavo e numa bomba de perna direita para uma defesa à queima roupa do arqueiro rubro-negro!

Enquanto o Vasco pressionava com Juninho, o Flamengo tentava com Deivid. Na primeira chance, o camisa 9 mandou uma bomba de fora de aérea para uma grande defesa de Fernando Prass jogando a bola para escanteio. A segunda, porém, não foi tão agradável. Em um erro grotesco do Rodolfo, Léo Moura entrou livre na direita e rolou a bola por baixo do Prass para o Deivid, que livre (sem nenhum zagueiro na frente) mandou na trave. Inacreditável!

2º Tempo

Formação final após as substituições durante o segundo tempo

O segundo tempo não começou com o mesmo ritmo que o primeiro havia terminado. Os times se estudavam mais do que arriscavam. Love e Dedé travavam um duelo desde o primeiro tempo que se seguiu no segundo, nas poucas subidas do Flamengo com Léo Moura e o próprio Vagner Love. 

E logo quando Bottinelli entrou no lugar de Deivid (aplaudido pela torcida do Vasco) o time deve duas chances de ouro. Na primeira, o argentino achou o Love dentro da área, mas o camisa 99 acertou a rede pelo lado de fora. Na segunda, o próprio argentino tentou deixar o seu de perna esquerda, mas a bola foi para fora. 

Aí foi a vez do Vasco mudar. Felipe entrou no lugar do Juninho (melhor em campo até o momento) e não fez tão bem quanto o camisa 8. William Barbio (que mostrou muita raça) foi trocado por Kim. Na primeira chance do camisa 22, ele chutou de canhota fora da área, mas sem perigo. Porém, aos 30 minutos ele subiu pela direita, cruzou para o lateral-direito Fagner cabecear à queima roupa no Felipe que, novamente, deu rebote e o Diego Souza derrubou o Flamengo. Uma cabeçada pra baixo (como manda o figurino) sem chances para o goleiro defender! A virada do Vasco! Vitória decretada! Mesmo com as mudanças do Flamengo não conseguiu nada. O Vasco chegou na final!

Conclusão

O que posso dizer do jogo? Um ótimo clássico! Os dois times entraram para ganhar, mas só um levou o jogo! E não foi só por causa de um gol. Muitos diziam que o Vasco estava criando um certo medo do Flamengo em jogos importante por causa da "freguesia" sofrida nos últimos anos. O Gigante da Colina provou o contrário! Despertou!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Clássico é clássico


Quarta-feira já é um dia especial porque sempre tem o nosso querido futebol. Hoje ainda mais. Não, não é porque é quarta-feira de cinzas, mas sim porque tem o maior clássico do Rio de Janeiro: Vasco e Flamengo, no Engenhão. 

Eu, sou fã de clássicos regionais. Aquela euforia dos torcedores e jogadores dão um clima especial ao jogo, mas esse é o meu favorito. Não gostaria de ter que assumir isso no blog para não dar um impressão de que faço minhas postagens por um lado clubista, mas o motivo de gostar desse clássico é porque sou vascaíno. Mas o meu apresso pelo jogo de hoje vai mais longe que isso.

O Vasco (esquecendo meu lado torcedor) é o melhor clube do Rio de Janeiro no momento (mesmo com a derrota na Libertadores), especialmente porque manteve o futebol de 2011. O Flamengo, por outro lado, teve um início de ano muito conturbado por causa da crise e dos atrasos salariais, mas que maneira melhor para espantar uma crise do que mandando bem dentro de campo? É assim que o Rubro-Negro está  se recuperando, principalmente, depois da arrasadora vitória sobre o fraquíssimo Real Potosí. 

O elenco dos dois times são bons. O do Vasco é mais bem distribuído (bons jogadores em todos os setores). No caso do Flamengo é diferente. Apesar de ser bom do meio pra frente, tem uma zaga muito fraca. A boa fase do Vasco contra a crescente do Flamengo deve culminar em um ótimo confronto. 

Se eu escalasse o Vasco, seria da seguinte forma: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Rodolfo, Thiago Feltri; Nilton, Eduardo Costa, Juninho, Diego Souza; William Barbio e Alecsandro.

Já o Flamengo seria assim: Felipe; Léo Moura, Wellinton, Gustavo, Júnior César; Airton, Willians, Renato Abreu, Ronaldinho Gaúcho; Vagner Love e Deivid.


PS: Deu pra entender a distribuição tática com tantos botões e setas? hehe

Agora é a Libertadores... para o Vasco!


Depois do Corinthians é a vez do Vasco ser o assunto da nossa postagem! O Gigante da Colina foi o primeiro clube brasileiro a se classificar para a Libertadores 2012 ao ser campeão inédito da Copa do Brasil no ano passado.

Desde a campanha na Copa do Brasil o Vasco tem mostrado um ótimo futebol! Mostrou raça e união ao superar o problema de saúde do técnico Ricardo Gomes e foi vice-campeão brasileiro e semi-finalista da Copa Sul-Americana. 

Além desses fatores (união, raça e força de vontade) o Vasco tem um bom elenco. Ao contrário do que muitas pessoas dizem considero o elenco cruzmaltino é um dos melhores do Brasil. Assim como o Corinthians (por exemplo) o Vasco não possui um craque específico para o time, pelo contrário, o "conjunto da obra" é que faz sucesso na Colina.

A defesa do Vasco, assim como o time todo, é cheia de altos e baixos. Fernando Prass é titular absoluto na meta! Um dos líderes do elenco, Prass também é considerado um dos ídolos da história recente do clube! A zaga do Vasco é invejada por muitos clubes por causa da presença do melhor zagueiro do Brasil, Dedé. A vaga de companheiro de zaga do Mito, porém, ainda está aberta desde a saída de Anderson Martins. Renato Silva tentou no ano passado, mas sua falta de qualidade terminou sobrecarregando Dedé. Rodolfo foi contratado para a vaga e, ainda, não rendeu o suficiente. Na verdade, sempre achei a contratação do ex-Grêmio uma incógnita. Apesar de considerá-lo um bom zagueiro (melhor que o Renato Silva), ele passou quase 2011 inteiro lesionado e isso atrapalha na parte física. Mesmo assim o camisa 4 é o titular da equipe.

As laterais seguem o mesmo problema da zaga. O lateral direito Fagner é muito bom. Apesar de pecar defensivamente, apoia muito bem o ataque e tem sido o melhor jogador do time agora em 2012 (foi o melhor lateral direito do último Brasileirão). Thiago Feltri foi contratado junto ao Atlético-GO para suprir a carência e, apesar de ser uma aposta (por nunca ter se destacado em grandes clubes), vem jogando bem no campeonato carioca e pode render bem.

A jovem revelação Allan é o principal substituto de Fagner para a lateral-direita. Na verdade, o jovem é volante de origem (costuma jogar mais como 3º homem), mas sua polivalência dá condições para ele cumprir bem a função do Fagner pela direita. O outro nome para a posição é o jovem Max que atua tanto pela direita quanto pela esquerda. Vi pouquíssimas partidas dele, então não posso avaliá-lo.

O meio campo do Vasco é, na minha opinião, o melhor setor do time. Entre todos os volantes o de maior destaque é a jovem revelação Rômulo. O volante tem como principal característica a marcação. Ele é, até certo ponto, limitado em termos ofensivos, mas na defesa é um ótimo marcador e consegue ser bastante disciplinado. Com a vaga de 1º volante garantida, o Vasco busca um segundo volante. A briga está entre Nilton, Eduardo Costa e Fellipe Bastos (excluo o Abelairas porque não o conheço). Nenhum dos três me passam confiança, mas prefiro Nilton e Eduardo Costa à Fellipe Bastos. Por que? Porque o Bastos é um jogador "perdido" dentro de campo. Ele não tem técnica para ser meia nem noção de marcação para ser volante. Útil para compor elenco. Nilton e Eduardo Costa não são velozes nem muito técnicos, mas tem boa noção de marcação. Eduardo Costa seria o titular ao lado do Rômulo. Isso, porém, se o Vasco for jogar apenas com o Felipe ou Juninho sem querer pôr os dois simultaneamente.

Exatamente. O Vasco possui uma dúvida enorme aí. Tudo isso porque possui dois craques no meio campo. Felipe e Juninho Pernambucano. O primeiro joga um pouco mais a frente como um 'camisa 10' propriamente dito dando o último passe. É (muito) habilidoso para dribles com a perna esquerda e possui um passe e visão de jogo de extrema classe! Juninho já é diferente, mas não menos craque. O camisa 8 joga como 3º homem alternando marcação com armação. Ele, no geral, marca pouco, mas tem um "pé" praticamente perfeito tanto para passes quanto para finalização (principalmente à longa/média distância)! O Juninho arma o jogo vindo de trás. Ele não dá o último passe, ele inicia a jogada e nos passes à longa distância ele é, simplesmente, brilhante! Infelizmente não são mais jovens. Felipe tem 34 anos e Juninho, 37. 

Na frente o Vasco possuía dois nomes para a função de meia-atacante: Diego Souza e Bernardo, mas o segundo entrou com uma ação na justiça contra o clube e pode estar perto de sair. Diego Souza é dono da camisa 10 e, na minha opinião, é melhor que o Bernardo (por ser mais experiente, completo e técnico). Joga partindo do meio para a esquerda chegando como um terceiro atacante e muitas vezes é usado até como atacante. Tem talento e é muito decisivo! Os seus problemas são a irregularidade e o peso.

O ataque é outro setor duvidoso do time. Éder Luís, Alecsandro, Carlos Tenório, Kim, William Barbio e Jonathan são os nomes que compõem o setor. Pra mim, desses aí o Kim e Jonathan estão quase fora de cogitações. O primeiro, além de não ser um grande jogador, já está há quase um ano no Vasco e só fez um gol, já o segundo é uma revelação do clube que ainda não me convenceu. Éder Luís é o titular absoluto da posição de segundo atacante. O camisa 7, apesar de não ser tão técnico e/ou finalizador, é um puro velocista. Se concluísse bem todas as jogadas que fizesse seria um ótimo atacante. Mas no momento está lesionado e, o time não tinha ninguém para substituí-lo. Isso até o William Barbio ser testado. O jovem de 19 anos é menos técnico e finalizador que o Éder Luís, mas tão velocista quanto. E isso faz dele uma peça muito útil para substituir o camisa 7, por enquanto. 

O centroavante Alecsandro vive uma ótima fase. Ele foi contratado no ano passado para ser titular e nunca jogou o esperado, mas foi só começar 2012 e o atacante voltou ao futebol que jogava no Inter. Craque? Não! Rápido? Não. Faz o estilo "pesadão", mas conclui bem a gol. Tem feito bem nesse início de ano. Carlos Tenório foi contratado esse ano. Anos atrás ele seria uma boa peça porque (assim como Alecsandro) é forte e bom no cabeceio. A vantagem dele para o Alecsandro é que ele é mais rápido e mais "raçudo". Se tiver o futebol de antes brigaria para ser o titular.

Mas como montar o time? Fernando Prass; Fagner, Dedé, Rodolfo, Thiago Feltri; Rômulo. Esses são garantidos no setor defensivo. A dificuldade está em decidir duas coisas: 1) Juninho e Felipe jogam juntos? 2) Dois volantes ou apenas um? 

As duas estão dentro de uma só pergunta. É lógico que Juninho e Felipe juntos seria brilhante! Juninho recuava um pouco para ajudar o Rômulo na marcação enquanto Felipe iria mais a frente para dar o último passe. Diego Souza jogaria do meio subindo para a esquerda enquanto Éder Luís/Barbio continuaria na ponta direita e Alecsando como referência de área. A ideia é algo entre 4-3-3 e 4-3-1-2:


Infelizmente, os craque Juninho e Felipe não são jovens e por isso falta "fôlego" para jogar na marcação e na frente, simultaneamente. Com dois volantes e o retorno do Éder Luís, Juninho ou Felipe teriam que sair. Quem sairia? Depende do jogo. Juninho é uma (ótima) arma para a bola parada e com sua visão de jogo e melhor capacidade para passes longos muda a dinâmica de jogo, até certo ponto, aumentando a força defensiva. Felipe tem uma ótima visão de jogo também, mas um passe diferente. Enquanto o Juninho arma o jogo vindo de trás, Felipe faz mais o estilo do último passe. O titular dependerá do jogo. Mas, independente de quem seja o titular, o Vasco jogaria da seguinte forma: Rômulo e Eduardo Costa ficariam atrás para marcação fazendo a cobertura dos laterais (que ficariam mais livres); Juninho/Felipe ficaria mais à frente para a armação enquanto o Diego Souza subia para a esquerda como já conhecemos. O ataque seria o mesmo. Uma alternância entre 4-3-1-2 e 4-2-3-1:


Qual formação vocês preferem?

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O grupo do Vasco é, na minha opinião, o mais forte da Libertadores. Então com o fiasco no primeiro jogo a coisa dificultou, mas eu ainda acho que o Gigante passa.


Agora é a Libertadores... para o Corinthians!


O mais novo pentacampeão brasileiro é o assunto da primeira postagem de nossa nova coluna 'Agora é a Libertadores...'! 

Pois bem. O Timão tem, na minha opinião, um dos melhores elencos (se não o melhor). Mescla quantidade (até demais) com qualidade. Falo sério. Mesmo assim, não possui um "super-craque". O time é forte como um grupo muito bem montado pelo inteligente técnico que tem a frente.

No gol, Júlio César, apesar de criticado, é titular absoluto por ter sido uma peça importante na campanha no Brasileirão do ano passado e um dos responsáveis pela melhor defesa da competição! Na zaga, os quatro nomes principais são Leandro Castán, Paulo André, Chicão e Wallace. Os dois primeiros foram os titulares no ano passado e mereciam ser os titulares ainda. Apesar das limitações (falta de velocidade e qualidade técnica) eles se entrosaram e jogaram fazendo o simples! Chicão entrou agora para competir com Paulo André, devido a uma lesão sofrida pelo segundo. Mesmo assim a zaga não é ruim.

Nas laterais Alessandro e Welder brigam pela direita, Fábio Santos e Ramon pela esquerda. Nenhum desses quatro são craques. São, na verdade, bem limitados ofensiva e defensivamente. Alessandro e Fábio Santos ganham a titularidade por fatores como experiência (Alessandro que é o capitão do time) e superioridade técnica (Fábio Santos em relação ao Ramon). Pra mim era um setor que cabia reforços, mas mesmo sem eles não vive uma situação crítica.

No meio campo Paulinho e Ralf formam a melhor dupla de volantes do Brasil equilibrando consistência na marcação e boa saída de bola (principalmente com Paulinho que foi o principal jogador do time no ano passado). Mas é no setor ofensivo que tem jogadores demais para posições de menos. São quase quinze jogadores para quatro posições. E não é só quem vai jogar que é difícil de ser escolher, mas também como vão jogar. 

O time foi campeão brasileiro jogando num 4-2-3-1, em que Danilo e Alex revesavam na armação, Willian e Jorge Henrique disputavam a posição de pota-direita e Emerson era um segundo atacante pela esquerda se aproximando mais da área, enquanto Liédson era o centroavante (único com vaga garantida no ataque titular). 

Quando a equipe jogava com o Alex a qualidade no passe diminuía, mas a velocidade aumentava e assim o meio campo acompanhava o ritmo do ataque. Quando o Danilo era o titular, o time tinha um armador (no sentido clássico), mas não tinha a mesma explosão. As duas coisas eram boas. Às vezes o Alex desequilibrava e dava um tempero no time e às vezes o Danilo dava mais qualidade no passe ao time e o jogo fluía melhor. Douglas, que acabou de chegar, deve competir com Danilo pela vaga e se manter o futebol que tinha no Grêmio deve ganhar a posição.  

Como já disse acima, encontrar os titulares do Corinthians era procurar pela tática ideal também. Seria melhor o já conhecido 4-2-3-1 ou um inovador 4-2-2-2? Essa segunda opção é bem interessante. Pela fase atual Emerson jogaria ao lado do Liédson (com Willian ou Jorge Henrique o time teria mais velocidade e explosão no ataque, mas o Emerson tem mais capacidade de finalização porque jogaria mais próximo do Liédson). Alex e Douglas/Danilo formariam a dupla de meio campo.

Nesse caso, Douglas/Danilo jogaria mais centralizado na armação, Emerson ficaria pela esquerda e Alex estaria pela direita. Como Emerson joga mais próximo de Liédson, Douglas/Danilo estariam pela esquerda entrando para o meio enquanto Alex na direita se infiltraria como um meia-atacante. Dessa forma o Corinthians teria velocidade, técnica e bom passe num 4-2-2-2 que se dinamiza para um 4-2-3-1. Vejam como fica:



Se manter o futebol, que tem condições de apresentar, o Corinthians é um dos melhores times do Brasil no momento e pode entrar duro na briga pelo título inédito!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O mesmo Mano


Hoje saiu a convocação da Seleção Brasileira para o jogo contra a Bósnia, no próximo dia 28. Preciso dizer que discordei? Acredito não. Mas preciso dizer que discordar seria uma reação pequena para o que senti. Depois de ler o texto que o jornalista do Sport André Rizek publicou em seu blog Carta-Bomba (recomendo a leitura) minha opinião se reforçou ainda mais.

Na verdade, pensei em convocar Kaká, mas mudei de opinião sobre a lista de convocados pelo ponto de vista que o Rizek citou. Não podemos parar no tempo com jogadores que não são mais os mesmos. Kaká, por exemplo, sofreu (e ainda sofre) com lesões que tem atrapalhado no seu rendimento dentro de campo e, por isso, não está em condições de integrar a seleção. Ronaldinho Gaúcho tem, na minha opinião, um problema pior: falta de vontade! Venhamos e convenhamos, ambos são craques, mas estão jogando bola o suficiente para estarem na seleção? Não. O que Mano falou sobre Ronaldinho (projeto para a Copa de 2014) é furado para mim. Se hoje, aos 31 anos, ele não se esforça para jogar ele vai querer aos 33/34 anos? Não consigo ver assim. 

Entrando mais na convocação em si, eu não concordo com algumas presenças e com algumas ausências. O próprio Rizek citou um cara que está jogando mais que qualquer um desses (incluo o Ganso aqui), no momento: Oscar! Por que ficou de fora? Quem sabe?! É o mesmo Mano do ano passado! Com convocações "estranhas"! 

Desconsiderando os nomes que discordo na convocação de Mano (Alex Sandro, Adriano, Fernandinho, Jonas e Ronaldinho Gaúcho) e os que eu acho merecedores de reposição (Luisão, Danilo e Elias) aí vai a minha convocação se eu estivesse no seu lugar!

Goleiros
Júlio César
Diego Alves

Zagueiros
David Luiz
Thiago Silva
Dedé
Mário Fernandes

Laterais
Daniel Alves
Maicon
Fagner
Marcelo
Fábio

Volantes
Sandro
Lucas Leiva
Luiz Gustavo
Ramires

Meias
Hernanes
Oscar
PH Ganso
Lucas 

Atacantes
Neymar
Leandro Damião
Alexandre Pato
Hulk

Essa seria minha convocação! Júlio César e Diego Alves são os melhores goleiros brasileiros do momento (Jefferson vem logo após); Daniel é muito bom jogador (especialmente no meio/ataque), Maicon é o melhor lateral do mundo em saber equilibrar defesa com ataque (minha opinião) e Fagner é uma ótima revelação; do lado esquerdo, Marcelo e Fábio são as opções (o segundo joga dos dois lados); na zaga Dedé, Thiago Silva e David Luiz são os melhores jogadores para a 'zaga central', enquanto Mário Fernandes seria opção para a zaga e a lateral direita.

Sandro e Lucas ganham do Rômulo na briga pela vaga de 1º volante e Luiz Gustavo e Ramires como 2º (o último pode atuar um pouco mais a frente). Hernanes e Oscar são os meias armadores em melhor condição, enquanto PH Ganso, apesar do grande talento, ainda é uma dúvida! Lucas brigaria por uma vaga um pouco mais a frente! Neymar e Damião são titulares absolutos e os outros dois sãos os melhores reservas possíveis.

Como montaria o time? Teria duas opções: 1ª: 3-5-2; 2ª: 4-2-3-1. Na primeira opção, a escalação seria assim: Júlio César; Dedé, Thiago Silva, David Luiz; Maicon, Sandro, Hernanes, Oscar/Ganso, Marcelo; Neymar, Leandro Damião. Dessa forma o time teria força defensiva com o trio de zaga, Sandro na proteção e Maicon e Marcelo que são laterais que funcionam na marcação (principalmente Maicon) e força ofensiva com o apoio dos mesmos laterais, Hernanes (que auxiliaria na marcação) e Oscar ou Ganso (depende de como o Ganso estiver na época) na armação e Neymar juntamente com Damião no ataque. Seria um ótimo time!

No 4-2-3-1 eu escalaria o time da seguinte forma: Júlio César; Maicon, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo; Sandro, Lucas Leiva, Hernanes, Daniel Alves/Lucas, Neymar; Leandro Damião. A defesa seria uma linha de quatro tão forte quanto a outra já que Sandro e Lucas Leiva fariam a proteção conjuntamente. Hernanes faria a armação vindo de atrás e se aproximando dos atacantes. Aí está outro ponto. Daniel Alves e Lucas brigariam pela vaga pela direita (a princípio o Daniel seria titular) enquanto Neymar estaria na esquerda e Damião centralizado!

O que acham? Preferem qual desses times? 

PS: Se eu já tivesse com uma prancheta interessante essas escalações estariam todas "bonitinhas"!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

#OlhoNele: Fagner!


Como assunto de nossa primeira postagem decidi falar de alguém que acompanho há um certo tempo: Fagner, lateral direito do Vasco. 

O camisa 23 de 1,68 de altura foi revelado nas categorias de base do Corinthians. Em 2006, com apenas 17 anos, chegou aos profissionais do Timão. No início até se destacou, mas com a demora pela renovação contratual, ele saiu do clube rumo ao PSV Eindhoven da Holanda. Nesse período teve uma curta passagem pelo Vitória da Bahia. Mas em nenhum desses clubes conseguiu se destacar. 

Em 2009 foi para o Vasco. De promessa da base corintiana para jogador de segunda divisão? Fagner, assim como todo o time do Vasco, lutou na campanha de acesso à primeira divisão. Mesmo assim ainda não tinha muito reconhecimento.Porém, 2010 começaria uma fase de bonanças! O ano do Vasco não foi dos melhores, mas Fagner se destacou do começo ao fim, principalmente no Brasileirão quando foi um dos melhores do campeonato na sua posição. Já mostrava talento, mas não era nada tão fora do comum assim. 

Um dos pontos que o fazia perder a regularidade era o alto número de lesões. Por isso em 2011 ficou de fora da conquista do Vasco na Copa do Brasil. Porém no segundo semestre chegou no seu auge. Rapidamente recuperou a vaga de titular sobre o Allan e foi peça fundamental do vice-campeonato do Vasco jogando pela direita fazendo uma ótima dobradinha com Éder Luís e foi o melhor lateral-direito do Brasileirão. Começou 2012 do mesmo jeito que havia terminado o ano anterior: voando! Tem sido o melhor jogador do Vasco no ano e, na minha opinião, merece uma chance na seleção!

Pois é. Todos os anos surgem revelações, mas poucas realmente vão longe. Não posso ter certeza, mas não acho esse o caso do Fagner. Ele é bom e tem uma boa perspectiva para o futuro.

Sua principal característica são a habilidade para dribles e a velocidade. Tem uma boa arrancada, dribla fácil, técnica e força para finalização e bom passe! Ofensivamente ótimo! Não é a toa que é a principal válvula de escape do Vasco atualmente. Infelizmente possui dois contras relativamente graves: a noção defensiva e os cruzamentos.

O segundo ponto é, praticamente, indispensável para um lateral. Por jogar pelos lados é obrigação dele saber lançar a bola na área para fortalecer o jogo aéreo do time e nisso ele sempre foi fraco. Tem melhorado bastante, especialmente nesse início de ano, mas ainda falha. Na verdade, acho esse um problema que não está tão longe de ser resolvido quanto o outro.

Suas falhas na defesa são mais graves. Ano passado, com o volante Jumar improvisado na lateral-esquerda jogando como 3º zagueiro, ele tinha liberdade para subir a vontade sem comprometer a defesa, mas com a chegada do Feltri (que tem um jogo mais ofensivo) ele precisa defender mais. Não é totalmente ruim, mas está longe do ideal. Infelizmente, o momento atual do futebol é que os laterais tem duas opções: ataque total ou defesa total. Não se prega mais o meio termo. O único lateral de peso que vejo com essa qualidade é Maicon da Inter de Milão. Fagner (assim como muitos laterais mundo afora) necessita melhorar esse lado.

Apesar das limitações (até certo ponto normais) gosto muito do Fagner e vejo nele condições de se destacar bem mais na carreira. Junto com Mário Fernandes e Danilo (bem mais badalados que ele) é a melhor revelação da posição do futebol brasileiro! Vamos cultivá-lo!

Explicações e novidades!

E aí pessoal!

Sumi de novo né? Coisas pessoais vão diminuir o ritmo do blog daqui em diante, mas vou tentar mandar bem ainda! Quanto a nova coluna "Agora é a Libertadores...!", não postei nada ainda porque estou buscando uma nova prancheta. Já está tudo encaminhado só falta esse "detalhe".

Mas trago uma novidade... Vou criar uma nova coluna para o blog: "#OlhoNele"! A ideia, agora, é falar sobre as revelações (do futebol brasileiro principalmente) que vejo futuro no futebol. Diferente da nossa última coluna essa não é mensal (não postarei obrigatoriamente todos os meses) nem temporária (como "Agora é a Libertadores...!" que traz uma análise apenas para o início da competição). Farei sempre que tiver algo interessante para postar!

Abraços!