Menu

sábado, 7 de abril de 2012

O polêmico conceito de craque



Há alguns dias enquanto discutia com uns conhecidos sobre futebol, chegamos a tal tema: o conceito de craque.

Em meio a diferentes opiniões, eu comecei a pensar sobre isso. O que é um craque? A quem realmente esse termo pode ser atribuído?

É uma questão que parece ser super fácil, mas não é. A discussão foi longa e polêmica. Quando chegávamos a uma definição começava-se outro debate para saber quem era realmente craque e mais polêmica surgia.

Pensei muito e decidi escrever esse texto.

O que podemos entender sobre esse termo: "craque"? 

Um dicionário simples o significa de tal maneira: "Quem ou aquele que se distingue em alguma atividade, principalmente nas atividades esportivas".

A definição foi coerente. O craque é alguém que é diferenciado dos outros. Não é "normal". Mas futebol e dicionários não se casam.

Sabe por quê?

Pelé (foto acima) foi um craque. Fez o que ninguém jamais fez. Foi totalmente diferente. Mas Neymar também é craque. Faz coisas que não são comuns aos outros jogadores.

Se Pelé é craque e Neymar também... Ambos estão no mesmo nível? É claro que não! Uma comparação absurda você pensa, mas é a verdade. Pode então existir um grau no termo craque (Ex: Craque Classe 1, Craque Classe 2)? Acho que não faz tanto sentido.

A questão é que o futebol é um esporte. E em um esporte tem melhores e piores. Mas craque é uma palavra. Várias pessoas de níveis TOTALMENTE diferentes são chamados pela mesma palavra.

Subentendemos então que craque é um termo subjetivo. Ou seja, varia de acordo com o julgamento, com o contexto.

Eu defini três situações diferentes em que a palavra é contextualizada, que suponho serem abrangentes o suficiente para o termo (ou seja, só existem essas três situações para o uso da palavra):

1) Craque dentro de um determinado espaço - "Craque do time" é uma expressão que ouvimos muito, mas que não significa que aquele sujeito seja, necessariamente, um grande jogador, mas sim que dentro daquele time ele é o melhor, portanto o craque;

2) O jogador com capacidades diferenciadas dos demais - Aqui começa a polêmica. Neymar (exemplo que citamos anteriormente) é craque não por ter feito história ou por ser o "melhor do mundo". Ele é craque por ser um jogador acima da média "comum". Alguns, porém, não precisam está em grande fase como Neymar, mas "apenas" ter capacidades técnicas que a maioria não tem.

3) O gênio - A polêmica segue aqui. Esses são os jogadores que marcaram o tempo. Que não só foram craques dentro do seu time ou por algumas capacidades técnicas acima dos outros, mas sim por ter feito muito mais que todos. Pelé está aqui. 

Esse é o meu pequeno entendimento sobre o conceito de craque. Neymar é craque por ser alguém acima da média. Messi é craque por ser o melhor do mundo e está fazendo história. Pelé é craque por tudo que fez e que ninguém consegue repetir.

Comentem. A polêmica faz bem!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Possível, mas imerecido


Na última quarta-feira o Flamengo passou por um vexame daqueles: perdeu por 3 x 2 de virada para o Emelec-EQU e está em situação difícil na Libertadores.

O time não só jogou mal contra o Emelec. Vem jogando mal sempre. Não é um time, necessariamente, ruim, mas não tem padrão tático e depende de jogador que já saiu do mundo do futebol por conta própria. O que dizer? 

Sinceramente... não sei. Qual o real problema do Flamengo? Vamos falar sobre dentro de campo, já que questões administrativas já estarão dentro de outro tema.

Nas últimas partidas o time não tem se firmado taticamente. Joel tem tentado sempre "pôr o seu dedo" na vitória com invenções táticas, mas termina dando tudo errado. Se fizesse o simples o time teria condições de jogar bem melhor. 

E Joel fez. Sábado passado o Flamengo jogou com dois volantes, dois meias dois atacantes e laterais com mais liberdade. Time que tinha organização ofensiva, mas que mantinha uma boa retaguarda. Quando ele fez, deu certo. Mas a vontade de dar um "nó tático" e sair de campo consagrado, fez Joel mudar de ideia.

Depois de um 2 x 1 no primeiro tempo (jogando em cima do adversário, mas montado de forma básica), Joel muda. Faz o que pior poderia fazer: põe um zagueiro e deixa 2 laterais esquerdos. O que isso significa? Primeiro, ele se perdeu na tática. Desorganizou o que estava bom.

Segundo, acuou o time grande. O Flamengo tinha que manter o jogo que seria decisivo para classificar. Continuava em cima. Fazia mais gols. Garantia o jogo. Por que prender o que ainda não era certo? Sim, a vitória não estava certa ainda! O primeiro tempo foi quase todo em 1 x 1. Aos 44, Deivid pôs o Flamengo à frente.

Recompensa? Sai para dar lugar ao Gustavo. Esse entrou totalmente perdido e viu seu time se perder ainda mais. Passou a ficar atrás, chamando o adversário para jogar, em um jogo indefinido. Joel teve uma ideia medíocre. O Flamengo foi medíocre.

Quem já viu um campeão sem postura? Um campeão é alguém temeroso? Tem um pensamento medíocre como esse? Não. O Flamengo não merece passar de fase. Sim, ele está difícil, mas não impossível. Que chances existem do Flamengo ganhar do líder do grupo e ver os adversários empatando, tudo para seu benefício? Poucas, mas existem. É possível que o Flamengo passa.

Mas não é merecido.

Seria uma classificação sem sentido um time de pensamento medíocre lucrar na Libertadores dessa forma. Não é justo. O futebol do Flamengo é de parar por aí. Infelizmente. Dava tempo de correr atrás do prejuízo. Agora, ainda dá. Mas não da mesma forma.

O Flamengo não pode pensar de forma tão medíocre. Não merece se classificar por causa disso.