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terça-feira, 27 de março de 2012

Ah, é Edmundo!


Sabe aquele cara que faz raiva no momento mais decisivo?

Sabe aquele cara que faz o que ninguém consegue (seja de bom ou ruim) nas horas mais emocionantes?

Você já deve ter pensado na resposta: ah... é Edmundo.

Quem mais poderia ser? Quem consegue mandar uma pênalti "na lua" todas as vezes que, como craque do time, está com a decisão nas mãos? Quem consegue fazer seis gols num único jogo, entrando pra história do Campeonato Brasileiro? Quem consegue arrumar confusão em todos os clubes que já passou na carreira? Quem consegue, com tudo isso citado anteriormente, ainda ser ídolo de um clube?

Sabem de quem estou falando?

"Ah, é Edmundo! Ah, é Edmundo!"

Esse cara fez história! Sim. Se ele não tivesse sido tão desordeiro quanto craque não seria o 'animal'. Foi o animal que fez história. Ele era (em 1997, principalmente) o que é Neymar é hoje. Um cara super talentoso com todo para ir longe! Infelizmente nem tudo deu certo para ele.

Não se encaixou tão bem na seleção. Não consegui crescer na Europa. Tudo isso por causa de uma mistura de irregularidade, com confusões e uma pitada de azar. Assim, ele se tornou um cara brilhante! Um craque!

Sou vascaíno. Edmundo fez muitas alegrias para mim quando o critério é o meu clube. Também fez muita raiva. Amanhã fará sua despedida. Será uma festa para ele, para mim e para o Vasco. Uma perda para o futebol.

Infelizmente, muitos o desconsideram como craque. Mas sim, ele era um. 

"Ah, é Edmundo"

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PS: Estou meio sumido, né? Tempo pessoal... Não tenho mais quase nenhum tempo. Vou tentar postar mais, mas não sei se conseguirei o ritmo de anteriormente. A coluna "Agora é a Libertadores..!" não está cancelada, mas farei um super post com as pranchetas dos times de forma conjunta. Tudo bem?

segunda-feira, 5 de março de 2012

Agora vai?


Uma das revelações do Brasileirão 2009, PH Ganso só veio brilhar em 2010 quando o Santos fez um primeiro semestre extraordinário e ganhou a Copa do Brasil e o Paulistão. Naquele ano, Ganso, Neymar e Robinho eram os craques do time. O último já era mais consagrado e nome garantido na Copa do Mundo, os outros dois, porém, eram revelações.

Neymar mostrava grande talento para dribles e tinha um lado goleador. Ganso era diferente. Jogador de classe, visão de jogo muito privilegiada, passe extremamente preciso e com bom chute de perna esquerda: craque! Muitos o pediam na Copa como reserva de Kaká. 

Naquele momento, eu preferia Ganso. Por que? Porque tinha um futebol maduro, elegante, inteligente, categórico... Neymar, apesar de também ser brilhante, tinha um estilo mais próximo ao do Robinho (apesar de ser mais completo) e isso não me encantava tanto.

O segundo semestre de 2010 foi um ponto de transição para um história diferente da que eu imaginava. Ganso se lesionou gravemente e só voltaria em 2011. Neymar arrasou no Brasileirão! O Santos com vaga garantida na Libertadores 2011 não brigou por nada no campeonato, mas Neymar jogou muito! Melhor segundo atacante e um dos melhores jogadores do campeonato. 

Em 2011 ele fez ainda melhor! Mostrou que é craque ao "levar o Santos nas costas" na campanha rumo ao título da Libertadores. Paulo Henrique Ganso, apesar de ter voltado de lesão com algumas boas partidas, não desencantava ao contrário de Neymar. 

No fim do ano, Neymar já era estrela! Está os dez melhores jogadores do mundo, melhor da América e, logicamente, melhor jogador brasileiro da atualidade.

Mas 2012 começou diferente. Neymar ainda é craque! Melhor jogador brasileiro! E, apesar de não ser um craque "world class", já é realidade. Enquanto Ganso nunca saiu do estado de promessa. Nunca desencantou em grandes momentos. Mas como disse antes, 2012 começou diferente.

Ganso tem voltado ao bom futebol. Pode ser que se repita um 2011, mas também pode ser que se repita um 2010. A questão é que talento Ganso tem de sobra, mas não consegue crescer com ele! 2012 pode ser um momento de mudança! Se Ganso segue o caminho de Neymar tem muito a crescer!

Ontem foi um exemplo desse crescimento do PH10. Santos 1 x 0 Corinthians. No clássico dos alvinegros paulistas Ganso decidiu. Melhor jogador em campo, Ganso deu um passe primoroso para Ibson fazer o único gol do jogo. Antes, disso eu já tinha visto Ganso dá show contra a Ponte Preta na saudosa goleada por 6 a 1.

Espero muito que o Ganso deixa de ser promessa e vire a realidade e o craque que esperamos dele. Campeonato Paulista e Copa do Brasil não são parâmetros de avaliação, mas já é um bom começo. 

sexta-feira, 2 de março de 2012

"Olhar tático: Mágica luso-brasileira" - Coluna do FC Gols


No último domingo, dia 26 de fevereiro, o Fluminense se sagrou campeão do primeiro turno do Campeonato Carioca, a Taça Guanabara. Com uma campanha (e um início de ano) muito irregular o Fluminense dependeu do Vasco para passar da fase de grupos e, na final, arrasou o mesmo Vasco.

Esse Fluminense já havia atuado bem em 2011, mas em 2012 ainda não. A final foi a primeira grande atuação do ano.  O time foi, praticamente, perfeito. Veloz, elegante e decisivo! 

Mas (literalmente) no meio desse show estava Deco. O camisa 20 foi o maestro do time com "M" maiúsculo! O craque circulou, armou, fez golaço e foi, simplesmente, o jogador que mais correu em campo. Muita coisa para um jogador de 34 anos? Depende do jogador. É exatamente o que Mágico luso-brasileiro sabe fazer.

Desde a saída de Conca o Fluzão não tinha um grande meia-armador. Wagner e Thiago Neves são bons, mas não são craques. Deco é, na minha opinião, ainda melhor que Conca. Só perdia para o argentino por ele ser mais jovem. 

Falando diretamente do Fluminense, agora. Desde o fim do ano passado que o Tricolor vem sendo uma das melhores equipes do Brasil. Deco já era chave daquele time.

4-3-1-2 dinâmico era a cara do time: os laterais jogavam soltos apoiando o ataque frenquentemente; Diguinho e Edinho jogavam mais atrás na marcação com poucas subidas do camisa 8; Marquinho alternava na esquerda fazendo o time se moldar para um 4-2-3-1 a medida que ele avançava; Fred e Sóbis jogavam na frente próximos um ao outro e Deco articulava à frente dos volantes.

Esse time conquistou o título simbólico do segundo turno do Brasileirão 2011. Fred era o principal jogador por ser absolutamente decisivo, mas Deco já era chave: vinha de atrás, mas chegava próximo aos atacante dando o último passe. O time funcionava de forma brilhante! Mas as atuações não se repetiram em 2012 mesmo com a base mantida com os ótimos reforços. 

Começou o Cariocão alternando o time B com o titular e, quando vencia, não convencia. Faltava organização. Wagner jogava mais aberto pela esquerda, mas sem fazer nenhuma jogada de profundidade. Sóbis também não faz o tipo de jogador de velocidade, ele é um segundo atacante que joga próximo da área. Com a saída de Marquinho o time também não conseguia voltar para a formação anterior e continuavam presos nesse 4-2-3-1 "torto".

4-2-3-1 "torto" utilizado pelo time titular de  Abel Braga nesse início de ano: sem velocidade, jogadas de linha de fundo e organização o Fluminense já não era mais o mesmo do fim de 2011.

Foi nesse esquema acima que o Fluminense estreou na Libertadores contra o Arsenal de Sarandí. O jogo parecia que seria um show do Fluminense que com dois minutos de jogo abria o placar com o decisivo camisa 9, Fred. Naquela partida ninguém funcionou: Wagner nem era meia nem ponta, Sóbis voltava muito, mas com pouca agilidade e movimentação e a bola pouco chegava em Fred. Bem, o Fluminense ganhou por causa de um brilho de um minuto do Fred, mas não fez nada mais nada em campo! Se desorganizou e pouco criou. Só um jogador se salvou: Deco. 

portuga, mais uma vez, foi o maestro do time: circulou a área buscando espaços para criar, voltava para recuperar a bola e dá firmeza na saída de bola e tentou de aproximar do ataque. Infelizmente, a equipe estava pouco inspirada e mesmo com o brilho de Deco não jogou bem. 

O que faltou naquele dia sobrou no domingo passado! O apático Fluminense que recebeu o Arsenal no Engenhão não marcava, não corria e tinha um quarteto "paralítico". Exatamente, a falta de mobilidade e movimentação pesou na força ofensiva da equipe. Sóbis e Wagner se guardavam muito em suas respectivas posições e com isso o time não impactava em nada o adversário.

Na trágica fase de grupos do time Wellington Nem se mostrou útil. A velocidade do jovem camisa 18 caiu como uma luva no ataque do Fluminense. Sua arrancada e habilidade para dribles, além da boa finalização, deu a força que o quarteto necessitava. Além dele, Thiago Neves tomou a vaga do Wagner (o que não foi nenhuma surpresa para mim porque o considero melhor que o camisa 19) e tem sido muito mais preciso naquela posição.

4-2-3-1 brilhante usado na melhor exibição do Fluminense no ano! 

Contra o Vasco essa tática brilhou! Wellington Nem e Thiago Neves inverteram os lados para que o primeiro auxiliasse na marcação por pressão do lado esquerdo. Fred também se sentiu mais à vontade e voltou a dar a show na peque área. Mas além desses três Deco embalou. Com um time sonolento e "imóvel" ele já brilhava, imaginem encontrando um quarteto veloz e efetivo. Deu no que deu.

O Fluminense parece ter encontrado a tática ideal. Há tempos vejo esse time como um dos (senão o) favoritos do Brasil para a Libertadores. O elenco já era bom! A tática é ótima! E o Deco é craque!