Hoje, pela manhã, postei um texto aqui no blog dizendo que a Itália, por causa da sua grandeza e tradição no futebol, não pode ser vista como "zebra" por ser finalista numa Eurocopa. Também falei que a Espanha não estava jogando tão encantadoramente quanto antes e que isso dava chances de título à Itália.
Nem sei meu objetivo aqui nesse texto... me defender das críticas ainda não sofridas pelo último post? Parabenizar a Espanha? "Consolar" a Itália?
Talvez um pouco dos três. Na verdade é quase um desabafo.
A Espanha mostrou um grande futebol na Copa. Chato pra alguns, sonolento pra outros e encantador pra muitos. Pra mim, é chato porque falta objetividade, sonolento porque chega a ser hipnótico o cadenciamento de jogo, encantador porque envolve o adversário com o volume do jogo e a marcação por pressão.
Esse estilo de jogo me encantou ainda mais no Barcelona, onde era ainda mais forte que na Espanha. Nessa temporada, porém, o Barcelona passou por uma baixa devido a falta de contundência no ataque e terminou caindo no fim da temporada tanto no Campeonato Espanhol quanto na Liga dos Campeões.
Imaginava que a Espanha poderia ter o mesmo problema. O Barcelona se mostrou ainda mais dependente de Messi por esse motivo e a Espanha não tem Messi e nem seu principal artilheiro, David Villa.
Acertei a minha previsão e a Fúria sofreu com isso ao longo da competição. Não tinha um titular absoluto para o comando do ataque. Iniciou com Fàbregas como 'falso-nove', depois entrou com Torres (que deu certo com a Irlanda), mas voltou atrás para Fàbregas e chegou a utilizar Negredo na semi-final contra Portugal. Mesmo assim nenhum desses brilhou.
Fàbregas foi o que fez melhor como 'falso-nove' e chegou a ser titular hoje na final. Torres, com os três gol marcados, sai com um bom saldo da competição mesmo sem ter dado show.
A questão é que a falta de contundência a Espanha pesou ao longa da competição e atrapalhou a seleção. A Espanha só brilhou contra a fraquíssima Irlanda que goleou por 4 a 0. Na fase final foi totalmente hipnótica contra a apática França e foi travada pela marcadora seleção portuguesa.
Suspeitei que a Itália pudesse surpreender com marcação forte e contra-golpes letais e levar a taça da Eurocopa. Não aconteceu. Não porque a Itália jogou mal, mas porque a Espanha guardou todo o futebol não tão bem apresentado na Euro para hoje e, sem grandes dificuldades, escreveu mais um feito na sua história (que cada vez mais entra para o Hall do futebol mundial): 4 a 0 na Itália.
Não importa se vai ser uma breve safra, algo passageiro ou se seu futebol é encantador ou sonolento.
O que a Espanha tem feito demonstra superioridade, e isso, hoje em dia, é indiscutível: a Espanha é superior às demais seleções do futebol mundial.
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