O que comentar? Falar dos gols de Emerson? Da solidez defensiva do time? Da estrela de Romarinho?
Não há o que falar. Não há o que comentar. São 102 anos de história de um clube batalhador e acostumado ao sofrimento. São 52 anos desde a primeira edição da Libertadores e nunca esse honrado e gigante clube brasileiro havia sido campeão.
Vítima de zoação por seus rivais a Libertadores foi se tornando cada vez mais almejada pelo Corinthians, ao mesmo tempo que se transformava no maior fantasma da história do clube. A eliminação pra o Palmeiras em dois anos seguidos e mais de dez anos depois o maior vexame de um clube brasileiro na Libertadores: a derrota para o Tolima.
Só fizeram dar mais cabeças a esse "bicho" chamado Libertadores.
Mas é no sofrimento que esse time cresce. O Corinthians foi rebaixado para a segundona em 2007. Um dos maiores vexames da história do Timão. Mas em 2008 se re-ergueram, voltaram a Primeira Divisão e começaram uma reformulação que contou com o investimento em Ronaldo em 2009.
Aquele ano seria um recomeço para o Corinthians que ganhou a Copa do Brasil e o Paulistão no primeiro semestre e já no ano seguinte brigaria pelo título brasileiro ficando em terceiro lugar. Mas junto com a boa campanha no Brasileiro veio também a queda para o Flamengo nas oitavas-de-final.
Em 2011 a calamidade contra o Tolima. Mas de novo veio a redenção, dessa vez pelo comando de Tite e não de Mano (quem tinha liderado o time de 2008 ao primeiro semestre de 2010), com o título brasileiro no fim do ano.
No 2012 começou com um redentor destino pela frente. Essa redenção começou com uma atuação pífia diante do Deportivo Táchira perdendo de 1 a 0. Mas, como é a cara do Corinthians, a testa de Ralf salvou o time aos 48 minutos do segundo tempo.
Uma grande campanha prosseguiu daí com a invencibilidade na primeira fase, a vitória avassaladora sobre o Emelec, o jogo dificílimo contra o Vasco decidido por detalhes (o mais difícil da caminhada corintiana), a vitória tática e disciplinada sobre o Santos e a redenção sobre o Boca!
Talvez Cássio ainda não tenho tido noção da grandeza daquela defesa dele no chute colocado de Diego Souza. Paulinho não deve ter notado ainda a importância de sua eficiência quando marcou aquele gol aos 43 minutos contra o Vasco. Provavelmente Romarinho nem sabe quão decisivo foi seu gol em "La Bombonera". Acho que nem Emerson sabe a dimensão dos gols do título da Libertadores.
Gols em finais de Libertadores são mágicos pra qualquer um, em qualquer time. Mas para o Corinthians é inexplicável. Nem um mundial de clubes importava tanto para esse time quanto a Libertadores.
Talvez nem Emerson, Cássio, Paulinho, Castán, Alessandro cheguem a serem tão idolatrados como Sócrates ou Marcelinho Carioca, mas seus nomes já estão escritos na história do Corinthians e nas mentes dos corintianos inexplicavelmente...
Luiz,
ResponderExcluirPoderia colocar este post lá no FC Gols?
Abraços.
O Corinthians levava um pouco de favoritismo para esse jogo, e atuando dentro de casa, com sua torcida, frente a um Boca fraco, o Timão conseguiu sua primeira Libertadores da história.
ResponderExcluirFC Gols